quarta-feira, 3 de outubro de 2018

INDIGNAÇÃO DO JUIZ MEDIADOR GERA GRANDE TENSÃO NO INÍCIO DA 3ª AUDIÊNCIA NO TRT-MG
O Juiz Antônio Vasconcelos (em pé, na cabeceira da mesa) ficou irritado no início da 3ª audiência de conciliação da negociação coletiva dos frentistas, no Edifício-Anexo II do TRT-MG, em BH, no dia 3 de setembro.
     Logo no início da 3ª audiência de tentativa de conciliação da negociação coletiva dos frentistas de Minas Gerais, no dia 3 de setembro, no Edifício-Anexo II do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, em Belo Horizonte, houve um momento de grande tensão.
     O Juiz Mediador Antônio Gomes de Vasconcelos se dirigiu ao presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, e lhe disse que havia recebido um boletim da entidade questionando o Juízo Arbitral e o culpando pela demora do processo negocial.
      Guizellini, completamente surpreso, porque o Sindicato não fez nenhum boletim nesse sentido, apenas olhou imediatamente para o advogado do SINTRAPOSTO-MG, João Batista de Medeiros, com o objetivo de lhe perguntar se tinha conhecimento disso, já que todos os boletins da entidade são feitos pelo jurista, que é também jornalista.
     Esse gesto do sindicalista (apenas olhou para o advogado) deixou muito irritado o Juiz Mediador, que, com os ânimos bastante exaltados, disse que poderia encerrar a mediação naquele momento se os representantes dos frentistas não estivessem gostando do trabalho dele.
     O advogado do SINTRAPOSTO-MG afirmou que o Sindicato não fez nenhum boletim nesse sentido e o presidente da entidade confirmou isso. O magistrado pediu às suas secretárias que lhe entregassem o “boletim” recebido do SINTRAPOSTO-MG. Uma de suas secretárias lhe entregou, então, um exemplar do jornal “O Combate”, edição do mês passado.
     João Batista de Medeiros esclareceu que “O Combate” não é boletim da entidade, mas sim um jornal independente, fundado em 1952 por seu já falecido pai, Djalma Medeiros, e dirigido há 33 anos por ele, João Batista, que é o único responsável por este veículo de comunicação.
     O juiz, então, mandou registrar na ata da audiência a sua indignação com trecho da matéria publicada no jornal “O Combate” que fala dos sucessivos adiamentos da audiência.
     Logo após, o magistrado se acalmou e pediu desculpas ao presidente doSINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini.
     Em seguida, João Batista fez questão de deixar bem claro que a referida matéria, escrita por ele, não contém nenhuma insinuação malévola ao trabalho do Juiz Mediador, assinalando que o magistrado adiou, sim, sucessivamente, a audiência de conciliação, mas atendendo a pedido do MINASPETRO – Sindicato patronal.
     Assim, terminou o incidente, que havia gerado um profundo mal-estar no ambiente da audiência.

FONTE: JORNAL "O COMBATE"
Frentistas já iniciam campanha salarial de 2018
    O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG realizou Assembleia Geral Extraordinária no dia 12 de setembro, abrindo, assim, a campanha salarial da categoria, cuja data-base (ocasião de reajuste salarial e concessão de outros benefícios aos trabalhadores) é 1º de novembro.
     Durante a assembleia, os trabalhadores elaboraram, discutiram e aprovaram por unanimidade a Pauta de Reivindicações a ser negociada dentro em breve com o Sindicato patronal.
     Dirigindo a assembleia do SINTRAPOSTO-MG, o presidente da entidade, Paulo Guizellini, agradeceu a participação e o apoio dos presentes e ressaltou que “todos os companheiros trabalhadores, inclusive os que não puderam comparecer à assembleia, têm o dever de apoiar a direção deste Sindicato nesta hora difícil em que estamos abrindo a nossa campanha salarial de 2018 para iniciarmos brevemente novo processo de negociação com o Sindicato patronal objetivando a obtenção de um bom acordo salarial e outros benefícios para a importante classe profissional representada pelo SINTRAPOSTO”.
     Logo depois, Guizellini afirmou: “Nós, trabalhadores, como sempre, estamos esperando, mais uma vez, que o Sindicato patronal tenha bom-senso e sensibilidade na mesa de negociação para compreender o sofrimento da nossa categoria diante da defasagem salarial”.
     Em seguida, o sindicalista acrescentou: “Por isso, estamos aguardando a próxima negociação coletiva para lutarmos novamente na mesa de negociação a fim de conseguirmos melhorias salariais e outros benefícios para a nossa laboriosa categoria profissional”.
     Os trabalhadores manifestaram total apoio à diretoria do Sindicato na luta por melhorias salariais e melhores condições de vida e de trabalho para toda a categoria.

FONTE: JORNAL O COMBATE
Aumento salarial e outros benefícios para os frentistas
O presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini (o 3º, da direita para a esquerda), e outros representantes dos frentistas, participando da 3ª audiência de conciliação, no Edifício-Anexo II do TRT-MG, em BH, no dia 3 de setembro. Na cabeceira da mesa, o Juiz Antônio Vasconcelos; à sua esquerda, o Procurador Arlélio Lage, do Ministério Público do Trabalho de BH.
     Demorou muito, mas, enfim, terminou a campanha salarial de 2017 dos frentistas de Minas Gerais. Dez meses após a data-base da categoria (1º de novembro), os representantes dos empregados dos postos de combustíveis deste Estado finalmente conseguiram fechar a negociação com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais - MINASPETRO (patronal) para celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
     Quase todas as entidades sindicais que representam os empregados dos postos de combustíveis de Minas Gerais, as quais estavam atuando em conjunto, com pauta unificada, estiveram presentes na audiência realizada no dia 3 de setembro, no Edifício-Anexo II do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, em Belo Horizonte.    
     Após quatro horas de negociação, as entidades trabalhistas e o Sindicato patronal não chegaram a acordo e o Juízo que mediou a negociação marcou nova audiência para o dia seguinte.
     Assim, no dia 4 de setembro, foi realizada a quarta audiência designada pelo Juízo Arbitral, a qual representou a 16ª reunião da negociação coletiva. Esse encontro, realizado também no Edifício-Anexo II do TRT-MG, dando continuidade à audiência realizada no dia anterior, resultou na celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, com as entidades sindicais aceitando a proposta do Juízo que mediou a negociação.
     Dessa forma, o Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG (que representa os empregados dos postos de combustíveis, lojas de conveniência, lava-rápidos, estacionamentos e garagens desta Cidade e da Região) conquistou aumento salarial, abono de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) das empresas e outros benefícios para esses trabalhadores.
     As diferenças salariais dos meses de novembro de 2017 a agosto de 2018 e do 13º salário de 2017 terão que ser quitadas em duas parcelas iguais, sendo a primeira até 8 de janeiro de 2019 e a segunda até 7 de fevereiro de 2019. Em caso de extinção do contrato de trabalho, eventuais valores devidos terão de ser pagos integralmente ao trabalhador na data da rescisão.
     Além do reajuste salarial, as empresas pagarão a todos os trabalhadores dos postos de combustíveis de MG, que mantiveram vínculo empregatício entre o período de 1º de novembro de 2016 e 31 de outubro de 2017, um abono de Participação nos Resultados das empresas a ser quitado em três parcelas, sendo a primeira até 5 de outubro de 2018, a segunda até 8 de novembro de 2018 e a terceira até 7 de dezembro de 2018. Em caso de extinção do contrato de trabalho, eventuais valores devidos terão de ser pagos integralmente ao trabalhador na data da rescisão.
     Questionado sobre os motivos dessa demora, o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, afirmou: “Os motivos são muitos, e todos eles causados pelo Sindicato patronal, que só apresentava propostas inaceitáveis na mesa de negociação. Ele é o único causador do atraso das negociações porque a sua Comissão Negociadora, ao longo de todo esse tempo, fez de tudo para tumultuar, emperrar e atrasar o processo de negociação”.


FONTE: JORNAL O COMBATE