sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Frentista que trabalha no “Dia da Categoria” tem que receber o salário/dia em dobro
O dia 13 de julho assinala uma data muito especial no calendário para os trabalhadores dos postos de combustíveis de Juiz de Fora. É o “DIA MUNICIPAL DO FRENTISTA”, de acordo com a Lei nº 8.594, de 16/12/1994, de autoria do ex-vereador Domingos Caputo, aprovada pela Câmara Municipal de Juiz de Fora e sancionada pelo então prefeito Custódio Mattos.
     Conforme dispõe o artigo 2º da referida lei, “em todo dia 13 de julho, as atividades dos Postos de Revenda de Combustíveis e Postos Distribuidores de Gás não serão paralisadas, funcionando os mesmos em regime de Escala, a exemplo do que já ocorre com os domingos e feriados”. 
     “Assim, o empregado que trabalhar no dia que lhe é dedicado tem que receber o salário/dia em dobro, pois esse dia é considerado feriado para a categoria” – lembra o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini.
     Segundo ele, “é necessário lembrar isso porque alguns postos de combustíveis da Cidade costumam deixar de pagar em dobro o feriado trabalhado, violando, assim, a legislação vigente, ou seja, o artigo 9º da Lei nº 605/49”.
     Para o sindicalista, “isso, além de ilegal, é um desrespeito ao funcionário que trabalha durante feriado e recebe como se fosse dia normal”.

FONTE : JORNAL O COMBATE
Para Guizellini, homologação de rescisão pelo Sindicato dá segurança jurídica aos empregadores
O presidente e o vice-presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini e Rômulo Garbero, em um posto de combustíveis no interior de MG. (Foto: Arquivo “O Combate”)
     “Quando a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) obrigava que a rescisão de contrato de trabalho de empregado com mais de um ano de serviços fosse homologada pelo Ministério do Trabalho ou Sindicato da categoria profissional, essa formalidade legal dava mais segurança jurídica não só aos trabalhadores como também aos próprios empregadores, pois essa homologação dava uma roupagem legal ao ato, que ficava, assim, revestido de presunção relativa de legalidade, deixando os empregadores em posição tranquila e confortável no tocante ao ajuizamento de ações trabalhistas” - a declaração é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, em entrevista ao jornal “O Combate”.
     Por isso, o sindicalista acha que, embora a Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) tenha excluído da CLT essa obrigatoriedade, “os empregadores, mesmo não sendo mais obrigados, devem, para o seu próprio bem, por questão de prudência, sempre buscar a assistência sindical, já que a homologação pelo Sindicato deixa a rescisão com uma roupagem legal, dando mais segurança jurídica aos próprios empregadores, enquanto a rescisão feita pelo próprio empregador, por sua conta e risco, sem assistência sindical, pode lhe trazer sérios problemas e prejuízos, com o trabalhador entrando com ação na Justiça do Trabalho para reaver direitos previstos em lei ou na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, pois nem sempre os empregadores ou seus prepostos conhecem todos os direitos dos trabalhadores, principalmente os benefícios previstos em instrumentos normativos”.

“Reforma trabalhista causa enormes prejuízos aos trabalhadores e aos cofres públicos”
     Para Guizellini, “a maldita reforma trabalhista do presidente Michel Temer só favoreceu os patrões inescrupulosos, que agora poderão prejudicar ou lesar não só os trabalhadores como também o próprio governo, subtraindo ou sonegando direitos trabalhistas e encargos sociais através de manobras maliciosas ou fraudes, pois a rescisão de contrato de trabalho, qualquer que seja o tempo de serviço do empregado, agora pode ser feita em qualquer lugar, inclusive no âmbito do próprio empregador”.
     Segundo o sindicalista, “muitas vezes, essas manobras maliciosas ou fraudes nem são percebidas por pobres trabalhadores que, na maioria das vezes, desconhecem seus direitos previstos na legislação trabalhista e nas normas coletivas dos Sindicatos, ou, quando são percebidas, são empurradas goela abaixo na garganta desses pobres trabalhadores, que, por necessitarem muito de seus empregos ou das verbas rescisórias para o seu próprio sustento e o de seus familiares, são obrigados a engolir sem mastigar”.
     Por isso, Guizellini acha que “Michel Temer e os deputados e senadores que aprovaram a maldita reforma trabalhista prejudicaram demais os trabalhadores, que agora correm maior risco de ser lesados ou prejudicados por patrões inescrupulosos”.
     Além disso, ainda de acordo com o sindicalista, “Temer e os parlamentares favoráveis à reforma causaram, estão causando e continuarão a causar, também, enormes prejuízos aos cofres públicos, pois antes, quando havia a obrigatoriedade da assistência sindical ou ministerial, os Sindicatos trabalhistas e o Ministério do Trabalho fiscalizavam, na hora da homologação de rescisão, se os empregadores estavam realmente pagando de maneira correta não só os direitos trabalhistas como também os encargos sociais devidos ao governo, o que agora não acontece mais”.

“Agora, mais do que nunca, é muito importante que o trabalhador esteja sempre ligado ao seu Sindicato”
     Conforme Guizellini, “os Sindicatos trabalhistas eram os maiores fiscais do governo e da legislação vigente nesse aspecto, descobrindo fraudes de empregadores inescrupulosos e tomando medidas contra tais infrações e infratores, mas agora aqueles patrões que são bandidos vão poder nadar de braçada em seu lamaçal porque não são mais obrigados a levar a rescisão de contrato de trabalho ao crivo do Sindicato ou do Ministério do Trabalho. Aliás, agora, por mais absurdo que pareça, o Ministério do Trabalho nem homologa mais rescisão de contrato de trabalho”.
     Por isso, segundo Guizellini, “agora, mais do que nunca, é muito importante que o trabalhador esteja sempre ligado ao seu Sindicato, em todos os momentos, mas principalmente quando é demitido ou pede demissão, pois no momento do acerto rescisório ele corre maior risco de ser prejudicado por algum empregador inescrupuloso”.
     A orientação do sindicalista aos trabalhadores é no sentido de que, agora, quando for feita rescisão de contrato de trabalho com qualquer tempo de serviço, “o trabalhador deve procurar o seu Sindicato, se informar bastante na entidade trabalhista, pessoalmente, por telefone ou através de e-mail, inclusive pedindo que seja conferido o cálculo das verbas rescisórias feito pela empresa (o trabalhador pode, inclusive, enviar por e-mail ao Sindicato uma cópia do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho), a fim de evitar sofrer prejuízos, pois um pouco de cautela não faz mal a ninguém e não há dúvida de que a maldita reforma trabalhista só faz aumentar - e muito - para o trabalhador o risco de ser lesado ou prejudicado por patrão inescrupuloso” - afirmou.
     Ainda de acordo com Guizellini, “o trabalhador deve sempre procurar orientação no Sindicato, para o seu próprio bem, pois assim ele conhecerá melhor seus direitos e saberá se defender melhor diante dos patrões inescrupulosos”. Mas o sindicalista fez questão de ressaltar que “felizmente, nem todos os patrões são inescrupulosos, mas desgraçadamente, por absurdo e incrível que pareça, os inescrupulosos são muitos”.
     Os trabalhadores podem acompanhar a atuação do Sindicato lendo os jornais e boletins que a entidade sempre distribui para eles, acessando o site do jornal “O COMBATE” (www.ocombate.com.br) e o blog do SINTRAPOSTO-MG (sintrapostomg.blogspot.com), telefonando ou enviando e-mail para o Sindicato (3216-3181 e 3213-7565 e sintrapostomg@gmail.com) ou indo à sede da entidade, na Rua Halfeld, nº 414, sala 609, no Centro de Juiz de Fora.

FONTE : JORNAL O COMBATE

Frentistas esperam definição da campanha salarial em reunião decisiva no TRT
Ao lado da Procuradora Maísa Ribeiro (do Ministério Público do Trabalho de Belo Horizonte), o Juiz Antônio Vasconcelos dirige a 1ª audiência de tentativa de conciliação da negociação coletiva de 2017 dos frentistas, no dia 9 de maio de 2018, no Edifício-Anexo II do Tribunal Regional do Trabalho de MG, em BH. À direita, o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, e o advogado João Batista de Medeiros, integrante do Departamento Jurídico da entidade. (Foto: Arquivo “O Combate”)




O presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini (na cabeceira da mesa), ao lado do advogado João Batista de Medeiros, integrante do Departamento Jurídico da entidade, participando da 2ª audiência de tentativa de conciliação da negociação coletiva de 2017 dos frentistas, no dia 6 de junho de 2018, no Edifício-Anexo II do Tribunal Regional do Trabalho de MG, em BH. À direita, o advogado do MINASPETRO, Klaiston Soares, e a negociadora profissional contratada pelo Sindicato patronal, Maria Lúcia Di Iorio. (Foto: Arquivo “O Combate”)

A campanha salarial dos empregados dos postos de combustíveis de Minas Gerais terá uma rodada de negociação decisiva no início do próximo mês. É que, conforme “O Combate” já informou, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (MINASPETRO) enviou ofício ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG) pedindo que a audiência designada para o dia 17 de julho fosse adiada para o próximo dia 3 de setembro, e o Juiz Mediador Antônio Gomes de Vasconcelos atendeu ao pedido do Sindicato patronal. Dessa forma, o Magistrado, que já tinha suspendido por 40 dias a audiência realizada no dia 6 de junho, no Edifício-Anexo II do Tribunal, em Belo Horizonte, designando audiência em continuidade para o dia 17 de julho, suspendeu novamente o feito, remarcando o encontro conciliatório para o dia solicitado pelo Sindicato patronal.
     Assim, deverá acontecer no dia 3 de setembro a 15ª reunião entre o MINASPETRO e as entidades sindicais que representam os empregados dos postos de combustíveis deste Estado, as quais estão tentando há nove meses, em negociações diretas e mediadas pelo Ministério do Trabalho e pela Justiça, o fechamento de acordo com o Sindicato patronal para a celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
     Surpreendidos pela decisão que adiou o encontro conciliatório no mês passado, os dirigentes dos Sindicatos que representam os frentistas se reuniram em Belo Horizonte, na sede do SINPOSPETRO-BH, no mesmo dia marcado para a audiência (17 de julho), conforme “O Combate” já noticiou também. Na ocasião, os sindicalistas trataram de vários assuntos de interesse dos trabalhadores, especialmente o estabelecimento de diretrizes e estratégia de atuação em conjunto nas próximas semanas, dentro da atual campanha salarial da classe e também com vistas à próxima negociação coletiva, que já está chegando, já que a data-base da categoria é 1º de novembro.
     O encontro remarcado para o dia 3 de setembro será a terceira audiência de tentativa de conciliação designada pelo TRT-MG. A primeira ocorreu no dia 9 de maio; e a segunda, em 6 de junho. Antes disso, o Ministério do Trabalho também tentou várias vezes o fechamento de acordo entre as entidades sindicais dos frentistas e o MINASPETRO para a celebração da nova Convenção, mas foi tudo em vão.
     Agora, no entanto, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, os representantes dos frentistas estão crendo e esperando que a campanha salarial da categoria seja definida na próxima reunião. “Para que não sejamos obrigados a tomar medidas drásticas na busca de melhorias salariais e melhores condições de vida e de trabalho para os funcionários dos postos de combustíveis deste Estado, como, por exemplo, o ajuizamento de dissídio coletivo no TRT-MG, nós, frentistas, esperamos - e até acreditamos - que a nossa campanha salarial será definida na nova rodada de negociação, que certamente será decisiva, pois não há mais tempo para apresentação de propostas inaceitáveis na mesa de negociação” – assinalou Guizellini.
Segundo ele, “como já se aproxima uma nova campanha salarial da classe, haja vista que a próxima data-base da categoria já está chegando, não há mais espaço para o Sindicato patronal continuar radicalizando e ‘empurrando com a barriga’ o processo de negociação”. Conforme Guizellini, “o atraso das negociações, ao longo de todo esse tempo, já criou um passivo muito grande para os postos de combustíveis, que terão de pagar todas as diferenças salariais acumuladas até a celebração da nova Convenção ou prolação de sentença normativa pelo TRT-MG se tivermos de suscitar dissídio coletivo. Por isso, seria mais inteligente resolvermos a questão desse passivo antes de entrarmos em outro processo de negociação coletiva que pode gerar, dependendo do andamento das rodadas de negociação, até mesmo um outro passivo para os postos de combustíveis deste Estado, o que certamente seria o fim da picada para eles”.
    
FONTE: JORNAL O COMBATE



terça-feira, 7 de agosto de 2018

Audiência é adiada, mas Sindicatos se reúnem e traçam diretrizes
O presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini (à esquerda), participando da reunião dos representantes dos frentistas de MG, na sede do SINPOSPETRO-BH, em Belo Horizonte, no dia 17 de julho.
A campanha salarial dos empregados dos postos de combustíveis de Minas Gerais amargou mais uma notícia ruim. É que o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (MINASPETRO) enviou ofício ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG) pedindo que a audiência designada para o dia 17 de julho fosse adiada para o próximo dia 3 de setembro. Assim, o Juiz Mediador Antônio Gomes de Vasconcelos, que já tinha suspendido por 40 dias a audiência realizada no dia 6 de junho, no Edifício-Anexo II do Tribunal, em Belo Horizonte, designando audiência em continuidade para o dia 17 de julho, suspendeu novamente o feito, remarcando o encontro conciliatório para o dia solicitado pelo Sindicato patronal.
     Dessa forma, deverá acontecer só no dia 3 de setembro a 15ª reunião entre o MINASPETRO e as entidades sindicais que representam os empregados dos postos de combustíveis deste Estado, as quais estão tentando há oito meses, em negociações diretas e mediadas pelo Ministério do Trabalho e pela Justiça, o fechamento de acordo com o Sindicato patronal para a celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
     Surpreendidos pela decisão que adiou o encontro conciliatório, os Sindicatos que representam os frentistas se reuniram em Belo Horizonte, na sede do SINPOSPETRO-BH, no mesmo dia marcado para a audiência (17 de julho), ocasião em que trataram de diversos assuntos de interesse dos trabalhadores, especialmente o estabelecimento de diretrizes e estratégia de atuação em conjunto nas próximas semanas, dentro da atual campanha salarial da classe e também com vistas à próxima negociação coletiva, que já está chegando, já que a data-base da categoria é 1º de novembro.
     O encontro remarcado para o dia 3 de setembro, se ocorrer, será a terceira audiência de tentativa de conciliação designada pelo TRT-MG. A primeira ocorreu no dia 9 de maio; e a segunda, em 6 de junho. Antes disso, o Ministério do Trabalho também tentou várias vezes o fechamento de acordo entre as entidades sindicais dos frentistas e o MINASPETRO para a celebração da nova Convenção, mas foi tudo em vão.

Sindicato patronal radicaliza negociações e cria passivo para os postos de combustíveis – afirma sindicalista
     Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, “o Sindicato patronal tem radicalizado muito as negociações, desde o início, em novembro do ano passado, pretendendo, entre outras coisas absurdas, a redução do adicional de hora extra de 70% para 50% e a criação de ‘banco de horas’ de um ano para não mais ser preciso o pagamento de horas extras trabalhadas, pois elas seriam compensadas em outros dias”.
     Em seguida, o sindicalista acrescentou: “Ora, isso, convenhamos, é uma incoerência que chega ao cúmulo do absurdo, pois se as horas extras trabalhadas não mais seriam pagas, mas sim compensadas em outros dias, não faz sentido querer a redução do adicional de hora extra de 70% para 50%, o que prova que o Sindicato patronal só quer radicalizar e ‘empurrar com a barriga’ o processo de negociação, criando um passivo muito grande para os postos de combustíveis, que terão de pagar todas as diferenças salariais acumuladas até a celebração da nova Convenção ou prolação de sentença normativa pelo TRT-MG se tivermos de suscitar dissídio coletivo”.
     O MINASPETRO oferece reajuste salarial de 1,83%; R$ 2,20 de reajuste na cesta básica de alimentos; e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das empresas no valor de R$ 330,00. Os representantes dos frentistas afirmam que a contraproposta patronal é “indecente e absurda porque representa mais arrocho nos salários, na cesta básica e na PLR, que já ficou congelada em R$ 660,00 nos últimos três anos”.
     No dia 1º de setembro, a data-base da categoria (1º de novembro de 2017) estará completando 10 meses. “Isso nunca havia acontecido neste século. O Sindicato patronal já chegou a demorar seis meses para fechar acordo para celebração de Convenção ou Adendo à CCT, mas dez meses, jamais. Desta vez, a demora já ultrapassou todos os limites, chegando desgraçadamente ao cúmulo do absurdo. Por isso, esperamos que não haja mais delonga no procedimento de mediação criado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para se tentar a conciliação antes de se suscitar dissídio coletivo, pois os frentistas já estão cansados de esperar pela conclusão desta campanha salarial que já está quase completando um ano” – afirmou Guizellini, acrescentando em seguida: “Com isso, os frentistas deste Estado, que proporcionam lucros fabulosos aos postos de combustíveis derramando diariamente o seu suor em seus locais de trabalho, estão há 17 meses sem reajuste salarial, pois o último aumento dos salários da categoria ocorreu em 1º de março de 2017”.
     Indagado sobre os motivos dessa demora, Guizellini afirmou: “Os motivos são muitos, e todos eles causados pelo Sindicato patronal, que só apresenta propostas inaceitáveis na mesa de negociação. Ele é o único causador do atraso das negociações porque, ao longo de todo esse tempo, vem fazendo de tudo para tumultuar, emperrar e atrasar o processo de negociação. Aliás, o Sindicato patronal, mais uma vez, fugiu novamente da mesa de negociação ao pedir o adiamento do encontro marcado para o dia 17 de julho”.

FONTE : JORNAL O COMBATE 

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Nova onda de assaltos a postos
O circuito interno do posto de combustíveis situado na Rua Benjamin Constant (imagem cedida pela PM) mostra que, após a rendição de um dos frentistas, um dos ladrões tentou atirar, mas felizmente a arma falhou.
    Juiz de Fora voltou a ser atormentada por nova onda de assaltos a postos de combustíveis. Só nos primeiros 10 dias deste mês, ocorreram quatro roubos a esses estabelecimentos. No primeiro semestre deste ano, a Polícia Militar (PM) já tinha registrado 17 assaltos a postos na Cidade.
     Duas ocorrências desse tipo foram registradas pela PM no dia 10 de julho. Uma delas se deu em plena luz do dia e em pleno Centro da Cidade. Foi uma ação muito atrevida dedois bandidos, um deles armado de revólver. Eles chegaram a pé a um posto localizado na Rua Benjamin Constant em um horário de muito movimento, por volta das 15h. Um dos ladrões sacou a arma e rendeu o frentista-caixa, de 48 anos, exigindo o dinheiro do caixa. O funcionário foi obrigado a entregar ao bandido cerca de R$ 500,00.
     O estabelecimento possui sistema de monitoramento interno, sendo que as câmeras de segurança registraram o ocorrido. O vídeo mostra que a ação criminosa durou apenas alguns segundos, mas foi percebida por motoristas que esperavam atendimento para abastecimento de seus veículos. Muitos deles deixaram rapidamente o local.
     Durante a fuga dos ladrões logo após a prática do crime, empregados do posto perseguiram a dupla criminosa. Um dos bandidos ainda tentou efetuar três disparos contra os trabalhadores, mas felizmente a arma falhou nas três tentativas. Os larápios conseguiram fugir em um veículo que estava estacionado na Rua Deputado Oliveira Souza, indo em direção à Avenida Brasil. A PM fez rastreamento, mas não conseguiu localizá-los.
     No mesmo dia, por volta de 5h20, um criminoso armado com faca rendeu um frentista, de 30 anos de idade, em um posto de combustíveis situado na Rua Doutor José Eutrópio, no Bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste. O frentista contou que o bandido, sem nada dizer, foi em sua direção empunhando a faca e, em seguida, pegou uma cadeira de plástico e lhe aplicou um golpe na cabeça. O trabalhador caiu. O larápio, então, aproveitou a queda do frentista e lhe roubou a quantia de R$ 150 que estava no bolso de sua camisa, fugindo em seguida sem deixar qualquer pista. Segundo a PM, a vítima disse que estava sentindo dores na perna e na cabeça, mas não quis atendimento médico.
     No dia anterior, por volta de 21h, dois ladrões já haviam assaltado um posto de combustíveis na Avenida Juscelino Kubitschek, na altura do Bairro Cidade do Sol, na Zona Norte. Os criminosos (um deles com arma de fogo em punho) renderam dois frentistas, de 30 e 41 anos de idade, e roubaram R$ 438 em dinheiro. Em seguida, fugiram a pé. A PM realizou buscas nas proximidades, mas a dupla não foi localizada.

SINTRAPOSTO voltar a cobrar do MINASPETRO medidas preventivas de segurança
     Muito preocupado com a integridade física dos frentistas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região - SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, voltou a cobrar do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (MINASPETRO) a adoção de medidas preventivas de segurança nos postos para inibir assaltos a esses estabelecimentos em Juiz de Fora.
      Guizellini ressaltou que enquanto esses roubos continuam a ocorrer constantemente na Cidade, pondo em risco a integridade física de frentistas, transeuntes e clientes dos postos, o Sindicato patronal não toma medidas concretas. “Assim, a integridade física desse pessoal vai continuar desgraçadamente ameaçada” – assinalou o sindicalista.
     Segundo Guizellini, o SINTRAPOSTO já fez e continua fazendo a sua parte. “Já promovemos diversas reuniões com o Sindicato patronal e com representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal para abordagem do assunto, no Ministério do Trabalho e na Câmara Municipal de Juiz de Fora. Já conseguimos junto ao Legislativo Municipal até uma lei que proíbe o uso de capacete nos postos de combustíveis desta Cidade para inibir assaltos a esses estabelecimentos” – ressaltou o sindicalista.
     Além disso, o SINTRAPOSTO já elaborou e encaminhou ao MINASPETRO uma minuta propondo a adoção de várias medidas preventivas de segurança, como, por exemplo, a instalação de câmeras de circuito interno de TV em todos os postos de combustíveis de Juiz de Fora. “No encontro quadrimestral que tivemos com o MINASPETRO no dia 7 de julho de 2017, voltamos a propor medidas de segurança contra os assaltos aos postos de Juiz de Fora, mas a resposta do Sindicato patronal mais uma vez foi negativa” – frisou Guizellini.
     Na tentativa de reduzir o número de ocorrências, a PM implantou uma série de medidas, tais como a criação de patrulhas preventivas e de postos de apoio e de parada para as viaturas.
     Guizellini reconheceu que as medidas adotadas pela PM têm contribuído para a diminuição das ocorrências. “Todo o nosso esforço e as medidas adotadas pela PM no combate a esses crimes não foram em vão, pois tivemos uma redução do número de assaltos a postos registrados em Juiz de Fora nos últimos 12 meses” – afirmou, acrescentando em seguida: “Mas é preciso que novas providências sejam tomadas para conter o avanço dessa nova onda de assaltos a postos de gasolina na Cidade”.
“Frentista não pode enfrentar, perseguir ou identificar bandido” – diz sindicalista
     Sobre o fato de empregados do posto de combustíveis localizado na Rua Benjamin Constant terem perseguido os ladrões logo após o assalto ao estabelecimento, no dia 10 de julho, sendo que um dos bandidos ainda tentou efetuar três disparos contra os trabalhadores, mas felizmente a arma falhou nas três tentativas, o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, afirmou que o Sindicato sempre orienta o trabalhador a não reagir a assalto e lembrou que a orientação da Polícia Militar nesses casos também é exatamente esta. “O frentista deve sempre ser orientado a não reagir quando for abordado por ladrões, pois a reação a assalto é sempre muito perigosa. Além disso, o frentista não pode e não deve perseguir e nem identificar bandido. Não faz parte das funções do frentista enfrentar, perseguir ou identificar bandido. Tudo isso faz parte das funções da Polícia, que é treinada para tanto” – salientou o sindicalista.
     Em seguida, ele acrescentou: “No caso ocorrido no dia 10 de julho, felizmente, por milagre, a arma falhou, mas em outro caso o trabalhador pode não ter a mesma sorte. Por isso, o trabalhador não deve arriscar a própria vida por um patrimônio que nem é dele, sendo que o próprio dono do patrimônio certamente não faria isso”.

FONTE : JORNAL SINTRAPOSTO