quinta-feira, 8 de julho de 2021

 

Sindicato pede vacinação dos frentistas

O presidente da entidade, Paulo Guizellini, justifica a medida lembrando que “o trabalho da categoria sempre foi reconhecido como essencial, e isso ocorreu, vale ressaltar, desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março do ano passado, sendo que as atividades dos frentistas não foram interrompidas em nenhum momento da pandemia, deixando-os sempre na linha de frente da prestação de serviços mesmo diante dos altos riscos de contágio”.

De acordo com Guizellini, “o Sindicato chegou a enviar um novo ofício à Secretária de Saúde de Juiz de Fora solicitando uma audiência para tratar da questão da necessidade urgente de vacinação dos empregados dos postos de combustíveis da Cidade, mas Ana Pimentel até hoje não atendeu ao pedido de agendamento de audiência”.

Segundo Guizellini, “o Sindicato clama pela urgente imunização dos frentistas sem pretender sobrepor essa categoria às demais categorias profissionais e muito menos desejar o detestável ‘jeitinho’ denominado ‘fura-fila’, mas pretendendo tão somente garantir a segurança dos frentistas diante dos altos riscos de contaminação a que estão submetidos, haja vista que, apesar da adoção dos protocolos de biossegurança, esses profissionais estão expostos de forma preponderante ao coronavírus”.

Para o sindicalista, “a imediata vacinação desses trabalhadores certamente contribuirá para que os postos de combustíveis não sejam mais um foco de disseminação desse vírus que já contaminou cerca de 20 milhões de pessoas e já matou mais de 500 mil no Brasil”.

Guizellini informou que “a Prefeitura de Juiz de Fora e o governo de Minas Gerais responderam aos ofícios do SINTRAPOSTO-MG, mas as respostas não foram satisfatórias”. Já o governo federal “não encaminhou nenhuma resposta ao Sindicato”.

Conforme Guizellini, “a Ouvidoria de Saúde encaminhou ofício ao Sindicato dizendo que acionou a Assessoria da Secretária Municipal de Saúde, que emitiu parecer informando que a Secretaria de Saúde segue as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI) e as orientações do governo estadual na organização do processo de vacinação contra a Covid-19 e que nesse sentido será procedida a imunização de todos os grupos elencados no PNI, conforme a disponibilidade de vacinas”. Em seguida, o sindicalista retruca: “Ora, isso não satisfaz a categoria, não é uma resposta satisfatória, porque o que os frentistas necessitam urgentemente é da sua inclusão imediata nos grupos elencados no PNI por estarem na linha de frente da prestação de serviço reconhecido como essencial”.

A Secretaria de Estado de Saúde, segundo Guizellini, respondeu “dizendo que segue as mesmas normas do Ministério da Saúde e as mesmas medidas tomadas pelo ministro, mas está em constante discussão com o governo federal para uma possível ampliação dos grupos prioritários para a campanha de vacinação”.

Para o sindicalista, tal resposta também não satisfaz a categoria: “Ora, a resposta satisfatória seria a tomada urgente de providências para que os frentistas sejam imunizados o quanto antes, porque esse problema é muito grave, haja vista que muitos frentistas já pegaram Covid e muitos outros ainda correm sérios riscos de contaminação, podendo levar para suas residências essa carga viral que desgraçadamente causará grandes riscos aos seus familiares”.


“Vacinas perdidas poderiam ter sido usadas para a imunização dos frentistas” – afirma sindicalista

Exibindo os ofícios encaminhados à Secretária de Saúde de Juiz de Fora, Ana Pimentel; ao Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti; e ao Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, ressalta que “só o ministro não respondeu”.

O presidente do SINTRAPOSTO-MG lamenta o fato noticiado recentemente pela imprensa local e reconhecido pela Prefeitura de Juiz de Fora de que houve nesta Cidade uma perda técnica de mais de 17 mil doses de vacina contra a Covid-19 porque as seringas enviadas pelo governo estadual à Cidade não eram adequadas. “Ora, isso me espanta porque essas vacinas poderiam ter sido usadas para a imunização dos frentistas que estão atendendo nos postos de combustíveis inúmeros clientes e, assim, correndo sérios riscos de contraírem essa doença, já que muitos clientes podem estar contaminados” – afirmou.

Paulo Guizellini ressalta que “pelas respostas da Prefeitura e do governo estadual, conclui-se que é o governo federal quem está no comando da campanha da vacinação, o que significa que ele é o único que pode tomar as providências cabíveis para a vacinação dos frentistas, mas infelizmente o ministro da Saúde, que representa o governo federal, nem sequer se dignou a nos enviar qualquer resposta, nem mesmo insatisfatória”.


FONTE JORNAL O COMBATE