Frentistas ainda não têm reajuste salarial após duas rodadas de negociação
Sindicato patronal empurra negociação para 2017 |
O presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini (o 3º da esquerda para a direita), ao lado do advogado João Batista de Medeiros, participando da 2ª reunião com a Comissão Negociadora do MINASPETRO (à direita), na sede do Sindicato patronal, em Belo Horizonte, no dia 7 de dezembro.
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A campanha salarial dos empregados dos postos de combustíveis de Minas Gerais continua sem definição.
O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG (que representa os empregados dos postos de gasolina, lojas de conveniência, lava-rápidos, estacionamentos e garagens da Cidade e da Região), quatro outros Sindicatos de frentistas de Minas Gerais e a Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (FENEPOSPETRO), atuando em conjunto em negociação coletiva com pauta de reivindicações unificada, realizaram no dia 7 de dezembro a segunda rodada de negociação com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (MINASPETRO), objetivando a celebração de Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho da categoria para fixação dos novos valores do salário-base da classe, da cesta básica de alimentos e da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da empresa, além da negociação do pedido das entidades trabalhistas de concessão de tíquete-refeição aos trabalhadores.
Iniciada às 15h40min, a segunda reunião da negociação coletiva deste ano terminou às 19h. Os representantes dos trabalhadores e os da classe patronal não chegaram a um acordo sobre o índice de reajuste a ser aplicado aos salários dos trabalhadores, nem quanto ao novo valor da cesta básica e da PLR.
A reunião aconteceu na sede do MINASPETRO, em Belo Horizonte, mesmo local em que ocorreu a primeira rodada de negociação, no dia 29 de novembro, quando também não houve acordo após uma hora e meia de negociação.
Para o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, a proposta do MINASPETRO apresentada na segunda rodada de negociação (5,2% de reajuste salarial, 5,2% de reajuste no atual valor de R$ 110,00 da cesta básica de alimentos e R$ 60,00 de PLR) “não atende às mínimas necessidades dos frentistas e representa mais arrocho salarial, razão pela qual foi veementemente rejeitada por todos nós, representantes dos trabalhadores”. Segundo Guizellini, “já houve duas rodadas de negociação, mas nenhuma proposta digna de aceitação”.
Diante da dificuldade de acordo, após três horas e vinte minutos de negociação, os representantes dos frentistas e os da classe patronal, resolveram marcar nova reunião. Os representantes dos trabalhadores queriam que a nova rodada de negociação fosse agendada para os próximos dias, sendo que o presidente do SINTRAPOSTO chegou a propor a data de 15 de dezembro, mas o MINASPETRO disse que só podia se reunir novamente com as entidades sindicais dos trabalhadores no dia 26 de janeiro de 2017, porque ele (o Sindicato patronal) vai entrar em recesso a partir do dia 19 de dezembro. Isso levou Guizellini a afirmar: “Ao agendar novo encontro somente lá para o dia 26 de janeiro do próximo ano, jogando, assim, a negociação coletiva lá para 2017, o Sindicato patronal está ‘empurrando com a barriga’ o processo negocial, o que deixa bem claro que ele (o MINASPETRO) é o único causador do atraso das negociações”.
As atas das reuniões estão no blog do Sindicato que representa os empregados dos postos de gasolina, lojas de conveniência, lava-rápidos, estacionamentos e garagens de Juiz de Fora e Região (sintrapostomg.blogspot.com)
FONTE JORNAL O COMBATE
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Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região