Minaspetro empurra negociação salarial dos frentistas para 2020
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A campanha salarial dos empregados dos postos de combustíveis, lojas de conveniência, lava-rápidos, estacionamentos e garagens de Juiz de Fora e Região, assim como do restante do Estado de Minas Gerais, continua indefinida.
A quinta rodada de negociação entre os representantes dos frentistas e o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais – MINASPETRO, realizada no dia 17 de dezembro, na sede da entidade patronal, em Belo Horizonte, começou com meia hora de atraso e demorou mais de três horas, mas não produziu resultado positivo para o encerramento da campanha salarial da classe. Os representantes dos trabalhadores rejeitaram a contraproposta patronal por entenderem que, como afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, “a contraproposta do MINASPETRO apresentada nessas rodadas de negociação não atende às necessidades dos frentistas porque pretende retirar direitos trabalhistas já conquistados e representa mais arrocho salarial”.
Iniciada no dia 27 de setembro, quando foi realizada a assembleia geral da categoria que aprovou a pauta de reivindicações dos trabalhadores que está sendo negociada com o MINASPETRO, a campanha salarial da classe ainda vai demorar mais porque a entidade patronal “amarrou e empurrou a negociação para o próximo ano”, segundo o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini.
Desde o dia 29 de outubro, quando houve a primeira rodada de negociação, o SINTRAPOSTO-MG e as outras entidades sindicais que representam os demais empregados dos postos de gasolina deste Estado já realizaram cinco reuniões com o MINASPETRO para negociação da pauta que foi entregue ao Sindicato patronal no dia 1º de outubro. A data-base da categoria (ou seja, a ocasião de reajuste salarial e concessão de outros benefícios aos trabalhadores com a celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria) é 1º de novembro.
Nessas rodadas de negociação, o Sindicato patronal apresentou proposta de redução do adicional de hora extra da classe, baixando-o de 60% (percentual previsto na última Convenção Coletiva de Trabalho da categoria) para 50%, mesmo percentual previsto na Constituição Federal como garantia mínima, além de querer acabar com a gratificação de férias prevista na última Convenção.
Os representantes dos trabalhadores e os da classe patronal debateram acaloradamente diversos assuntos de interesse dos empregados e empregadores dos postos de combustíveis de Minas Gerais.
Assim como os demais representantes dos trabalhadores, o presidente do SINTRAPOSTO, Paulo Guizellini, lutou exaustivamente pela conquista de melhorias salariais, outros benefícios e melhores condições de trabalho para os empregados dos postos de gasolina e repudiou as propostas de arrocho apresentadas pelo Sindicato patronal.
Divergindo-se sobre várias questões, os representantes dos trabalhadores e os do MINASPETRO não chegaram a um acordo para celebração da nova Convenção.
A reunião foi encerrada sem uma definição. Ficou tudo para 2020, mas nem sequer foi agendada uma nova rodada de negociação.
A reunião foi encerrada sem uma definição. Ficou tudo para 2020, mas nem sequer foi agendada uma nova rodada de negociação.
FONTE : JORNAL O COMBATE