sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Sindicato abre nova campanha salarial dos frentistas

O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG (que representa os empregados dos postos de gasolina, lojas de conveniência, lava-rápidos, estacionamentos e garagens da Cidade e da Região) realizou Assembleia Geral no dia 27 de setembro, abrindo, assim, a nova campanha salarial da categoria, cuja data-base (ocasião de reajuste salarial e concessão de outros benefícios aos trabalhadores através da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da classe) é 1º de novembro.
Durante a assembleia, os trabalhadores elaboraram, discutiram e aprovaram por unanimidade a pauta de reivindicações a ser negociada com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais – MINASPETRO e manifestaram total apoio à diretoria do Sindicato trabalhista na luta por melhorias salariais e melhores condições de vida e de trabalho para toda a categoria.
O presidente do SINTRAPOSTO, Paulo Guizellini, dirigindo a assembleia, agradeceu a participação e o apoio dos presentes e ressaltou que “todos os companheiros trabalhadores, inclusive os que não puderam comparecer à assembleia, têm o dever de apoiar a direção deste Sindicato nesta hora difícil em que estamos abrindo a nossa campanha salarial de 2019 para iniciarmos brevemente novo processo de negociação com o Sindicato patronal objetivando a obtenção de um bom acordo salarial e outros benefícios para a importante classe profissional representada pelo SINTRAPOSTO”.
Logo depois, Guizellini afirmou: “Nós, trabalhadores, como sempre, estamos esperando, mais uma vez, bom-senso e sensibilidade do Sindicato patronal na mesa de negociação para compreender o sofrimento da nossa categoria diante da defasagem salarial”.
Em seguida, encerrando a assembleia, o sindicalista salientou: “E queremos crer que o MINASPETRO vai nos conceder um reajuste salarial capaz de eliminar as perdas salariais decorrentes da inflação e garantir um ganho real para aliviar um pouco o sofrimento da nossa laboriosa categoria profissional”.
O SINTRAPOSTO-MG entregou ao MINASPETRO no dia 1º de outubro, na sede do Sindicato patronal, em Belo Horizonte, a nova pauta de reivindicações da categoria.

Sindicato crê na agilização da negociação salarial de 2019
O presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini (o 1º à esquerda), ao lado do diretor-secretário da entidade, Luiz Geraldo Martinho, na mesa de negociação com a comissão negociadora do MINASPETRO, sempre pede agilização do processo negocial. (Foto: Arquivo “O Combate”)

Falando ao jornal “O Combate”, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, disse acreditar na agilização do processo de negociação referente à data-base de 1º de novembro de 2019 entre o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais – MINASPETRO e as entidades sindicais que representam os trabalhadores dos postos de combustíveis neste Estado. “Esperamos que desta vez não haja a demora que sempre houve, muito menos a tão longa demora havida nas duas últimas negociações, que se arrastaram por quase um ano ao longo de mais de uma dezena de reuniões. No que depender de nós, estamos prontos para colaborar, como sempre, para a agilização da negociação coletiva. E cremos sinceramente que o Sindicato patronal também vai colaborar para isso, agilizando a negociação, até mesmo como uma forma de compensar a longa demora das negociações anteriores” – afirmou o sindicalista.
Como se recorda, as negociações coletivas de 2017 e 2018 dos frentistas desta Região demoraram muito, quase um ano. Somente dez meses após a data-base da categoria, ou seja, nos meses de setembro de 2018 e 2019, respectivamente, os representantes dos empregados dos postos de combustíveis finalmente conseguiram fechar a negociação com o MINASPETRO para celebração da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
Segundo Guizellini, a demora na negociação coletiva sempre prejudica tanto os trabalhadores quanto os empregadores. “Aliás, podemos dizer que prejudica até mais os empregadores do que os trabalhadores, pois quando a nova Convenção é celebrada, os empregadores têm de pagar todas as diferenças salariais acumuladas desde a data-base da categoria, já que o aumento salarial tem efeito retroativo a 1º de novembro (data-base), o que evidentemente sobrecarrega financeiramente os patrões” – explica o sindicalista. Em seguida, ele acrescenta: “Pior é que eles ainda têm de pagar os encargos sociais com multa por causa do atraso, já que pagam, nesse caso, fora do prazo”.
Guizellini lembra que “os trabalhadores, por sua vez, também são prejudicados pela demora do processo negocial, porque, assim, não recebem salários reajustados no tempo certo, ou seja, no mês seguinte à data-base, que é 1º de novembro”.
Mas o sindicalista ressalta que o prejuízo dos trabalhadores não é tão grande quanto o prejuízo da classe patronal, porque, quando a Convenção é celebrada, os trabalhadores, que vinham recebendo salários sem reajuste, ganham o aumento salarial e recebem todas as diferenças salariais acumuladas desde a data-base. “Isso às vezes chega a ser uma boa ‘bolada’, como se os trabalhadores tivessem feito uma caderneta de poupança para depósito do dinheiro correspondente ao reajuste salarial conquistado pelo Sindicato para a categoria” – frisa Guizellini.
Em seguida, ele salienta: “Mas a verdade é que o atraso da negociação coletiva sempre prejudica de alguma forma tanto os empregadores quanto os trabalhadores, razão pela qual achamos que tanto os Sindicatos trabalhistas quanto o Sindicato patronal precisam se empenhar ao máximo no sentido de que não haja demora na negociação para celebração da nova Convenção”.
E Guizellini arremata: “Por isso, estamos dispostos, como sempre, a fazer tudo o que pudermos para a agilização da negociação salarial. De nossa parte, jamais haverá qualquer problema para que o processo de negociação com o Sindicato patronal seja rápido e eficiente, ou, pelo menos, não demore tanto, pois os Sindicatos trabalhistas sempre têm interesse em agilizar o processo negocial. E acreditamos sinceramente que a negociação referente à data-base deste ano será agilizada também pelo Sindicato patronal”.

 FONTE : JORNAL O COMBATE