Frentistas esperam definição da campanha salarial de 2017
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Oitava reunião da negociação coletiva entre o MINASPETRO e os representantes dos frentistas de MG, na Superintendência do Trabalho e Emprego (Ministério do Trabalho), em Belo Horizonte, no dia 21 de fevereiro, mediada pela Auditora Fiscal do Trabalho, Alessandra Parreiras (ao centro da mesa).
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Será realizada uma nova série de reuniões entre a entidade que representa os postos de combustíveis deste Estado, ou seja, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais - MINASPETRO, e as oito entidades sindicais que representam os trabalhadores do setor, entre as quais o Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, que representa os empregados dos postos de gasolina, lojas de conveniência, lava-rápidos, estacionamentos e garagens desta Cidade e da Região.
Como se sabe, tais entidades trabalhistas estão atuando em conjunto em negociação coletiva com pauta de reivindicações unificada, tal como aconteceu nos anos anteriores.
A oitava reunião da negociação coletiva dos empregados dos postos de combustíveis de Minas Gerais, realizada no Ministério do Trabalho, em Belo Horizonte, no dia 21 de fevereiro, objetivando a celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria,resultou no agendamento de mais duas rodadas de negociação direta entre as entidades sindicais nos dias 27 de fevereiro e 6 de março e uma nova reunião de mediação no Ministério do Trabalho no dia 13 de março.
Além das quatro reuniões realizadas em novembro e dezembro de 2017, já houve mais duas rodadas de negociação direta entre as entidades sindicais nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2018 e também mais duas reuniões de mediação no Ministério do Trabalho nos dias 8 e 21 de fevereiro. Assim, já foram realizadas, ao todo, oito reuniões entre o Sindicato patronal e as entidades trabalhistas na negociação coletiva referente à data-base de 1º de novembro de 2017.
Durante as reuniões, os representantes dos trabalhadores e os da classe patronal debateram acaloradamente diversos assuntos de interesse dos empregados e empregadores dos postos de combustíveis de Minas Gerais, mas não chegaram a um acordo para celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, divergindo-se acerca de várias questões, principalmente sobre o índice de reajuste a ser aplicado aos salários dos trabalhadores e à PLR – Participação nos Lucros e Resultados das empresas.
Quando aconteceu a quarta reunião da negociação coletiva da categoria, no Ministério do Trabalho, em Belo Horizonte, no dia 6 de dezembro de 2017, conforme “O Combate” já noticiou, os representantes dos frentistas queriam que a negociação coletiva continuasse ainda em dezembro do ano passado, mas o MINASPETRO disse que só podia se reunir novamente com a bancada dos trabalhadores no dia 6 de fevereiro de 2018. Isso levou o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, a afirmar na ocasião: “O Sindicato patronal está empurrando com a barriga o processo negocial, o que deixa bem claro que ele é o único causador do atraso das negociações, já que ainda não nos apresentou nenhuma proposta aceitável e não se mostra disposto a negociar a nossa pauta de reivindicações”.
Para Guizellini, “o Sindicato patronal ainda não apresentou na mesa de negociações nenhuma proposta que atenda às necessidades e aspirações dos trabalhadores, razão pela qual ainda não foi fechado nenhum acordo. Já tivemos oito reuniões, mas ainda não recebemos nenhuma proposta patronal digna de aceitação”.
Segundo o sindicalista, a oitava reunião trouxe apenas “um pequeno avanço” no processo de negociação, pois “a Comissão Negociadora do MINASPETRO avançou só um pouquinho na sua proposta referente à PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das empresas”, já que a bancada patronal, que estava propondo pagamento de PLR em duas parcelas de R$ 50,00, apresentou proposta de PLR no valor de R$ 330,00. Além disso, o Minaspetro desistiu também de duas das suas várias propostas: criação de banco de horas anual e troca dos dias de feriados. “É verdade que é um avanço, mas muito pequeno. Ainda não há uma proposta aceitável” – salientou Guizellini.
Assim, decorridos quatro meses da data-base da categoria (1º de novembro), os frentistas de Minas continuam em plena campanha salarial, mas esperam que ela seja definida nas reuniões que serão realizadas nos próximos dias. “Esperamos - e até acreditamos - que a nova série de reuniões defina a nossa campanha salarial, para que não sejamos obrigados a tomar medidas drásticas na busca de melhorias salariais e melhores condições de vida e de trabalho para os trabalhadores dos postos de combustíveis deste Estado” – assinalou Guizellini.
fonte: JORNAL O COMBATE
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Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região