BOLETIM DO SINTRAPOSTO-MG
Na
4ª reunião, Sindicato patronal não apresenta proposta de reajuste para os
frentistas e empurra negociação para fevereiro de 2018
Aconteceu
em 06/12/2017 a 4ª reunião dos representantes dos frentistas de MG (entre os quais o SINTRAPOSTO-MG) com o
MINASPETRO (Sindicato patronal),
para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho em virtude da data-base da
classe, quando são fixados os novos valores do salário-base da categoria, da
cesta básica de alimentos e da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das
empresas, bem como outros benefícios.
Nesse
encontro, realizado no Ministério do Trabalho, em BH, o Sindicato patronal não apresentou nenhuma proposta para os
trabalhadores, mantendo a sua proposta apresentada na reunião do dia 29 de
novembro, quando ofereceu reajuste salarial pelo INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses (1,83%) dividido em duas parcelas de
0,915%, uma em novembro/2017 e a outra em março/2018.Como o atual
“salário básico mensal” (garantia mínima) dos frentistas de MG é de R$
1.043,24, este valor passaria, em
01/11/2017, para R$ 1.052,78, representando um reajuste salarial de R$
9,54. Em 1º de março de 2018 haveria
novo reajuste de R$ 9,54.
Além disso, a cesta básica de alimentos ou vale-alimentação passaria de R$
120,00 para R$ 122,20, recebendo o mesmo índice de reajuste de 1,83% dividido
em duas parcelas de 0,915%. E a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das
empresas seria paga aos trabalhadores em duas parcelas de R$ 50,00 (cinquenta
reais) a partir de fevereiro de 2018, mas para ter direito a esse valor
integral, o empregado não poderia faltar ao serviço, pois cada falta
injustificada resultaria em redução de 20% do valor da PLR, que seria, então,
proporcional ao número de faltas do empregado ao trabalho, podendo chegar a
zero em caso de cinco faltas injustificadas.
O Sindicato patronal apresentou também proposta de redução do adicional
de hora extra da classe, baixando-o de 70% para 50%.
Como se isso já não bastasse, o MINASPETRO
quer acabar com a garantia prevista na última Convenção de descanso semanal
remunerado em pelo menos dois domingos por mês, passando tal garantia para
apenas um domingo por mês. E quer acabar também com a gratificação de férias (prevista
na última Convenção) para os trabalhadores demitidos (mesmo sem justa causa) ou
que pedem demissão do emprego.
Nós, frentistas, rejeitamos e até
repudiamos essa proposta patronal porque ela está muito abaixo das necessidades
dos trabalhadores,sendo não só uma proposta realmente muito baixa e incapaz de
atender às necessidades básicas dos frentistas como também chega a ser até
indecente e absurda.
Durante a reunião, pedimos que o
MINASPETRO melhorasse a sua proposta, mas os representantes da classe patronal não
atenderam ao nosso clamor, apenas ficaram de estudar este pedido. Assim, foi
agendado novo encontro para o dia 6 de fevereiro de 2018.
Nós, frentistas, queríamos que a nova
rodada de negociação fosse agendada para os próximos dias, mas o MINASPETRO
disse que só podia se reunir novamente com as entidades sindicais dos
trabalhadores em fevereiro de 2018. Assim, ao agendar novo encontro somente lá
para o dia 6 de fevereiro de 2018, jogando, assim, a continuação da negociação
coletiva para dois meses depois da 4ª reunião, o Sindicato patronal deixou bem
claro que “não está nem aí”
para o andamento do processo de negociação salarial. Portanto, “empurrando com a barriga” o
processo negocial, o MINASPETRO é o único causador do atraso das negociações.
Vale ressaltar que esse arrocho extremo e
exagerado que o Sindicato patronal quer jogar nas costas dos trabalhadores é
fruto amargo dessa maldita “reforma trabalhista” aprovada pela maioria dos
deputados e senadores e sancionada pelo impiedoso presidente Michel Temer, pois
a classe patronal sempre tentou arrochar os trabalhadores, mas nunca como desta
vez.
Assim, neste ano,conseguir do Sindicato
patronal um reajuste salarial justo e digno para os frentistas de Minas Gerais está
muito mais difícil do que nos anos anteriores.
Os integrantes da Comissão patronal só sabem reclamar
da situação econômica do País! Ora, se está difícil para eles, que são
empresários ricos e foram favorecidos pela nova lei, é lógico que está muito
mais difícil para os trabalhadores, que foram prejudicados pela nova lei!!! Então,
senhores patrões, ponham as mãos na consciência e parem de arrochar os salários
dos frentistas!!!
ATENÇÃO,
COMPANHEIROS FRENTISTAS: EM CASO DE DISPENSA DO EMPREGO OU PEDIDO DE DEMISSÃO,
PROCUREM O SEU SINDICATO ANTES DO ACERTO NA EMPRESA.
TRABALHADORES UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS!
Sindicato dos
Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de
Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG
A DIRETORIA