quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

BOLETIM DO SINTRAPOSTO-MG

Na 4ª reunião, Sindicato patronal não apresenta proposta de reajuste para os frentistas e empurra negociação para fevereiro de 2018

Aconteceu em 06/12/2017 a 4ª reunião dos representantes dos frentistas de MG (entre os quais o SINTRAPOSTO-MG) com o MINASPETRO (Sindicato patronal), para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho em virtude da data-base da classe, quando são fixados os novos valores do salário-base da categoria, da cesta básica de alimentos e da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das empresas, bem como outros benefícios.   
Nesse encontro, realizado no Ministério do Trabalho, em BH, o Sindicato patronal não apresentou nenhuma proposta para os trabalhadores, mantendo a sua proposta apresentada na reunião do dia 29 de novembro, quando ofereceu reajuste salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses (1,83%) dividido em duas parcelas de 0,915%, uma em novembro/2017 e a outra em março/2018.Como o atual “salário básico mensal” (garantia mínima) dos frentistas de MG é de R$ 1.043,24, este valor passaria, em 01/11/2017, para R$ 1.052,78, representando um reajuste salarial de R$ 9,54.  Em 1º de março de 2018 haveria novo reajuste de R$ 9,54.
    Além disso, a cesta básica de alimentos ou vale-alimentação passaria de R$ 120,00 para R$ 122,20, recebendo o mesmo índice de reajuste de 1,83% dividido em duas parcelas de 0,915%. E a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das empresas seria paga aos trabalhadores em duas parcelas de R$ 50,00 (cinquenta reais) a partir de fevereiro de 2018, mas para ter direito a esse valor integral, o empregado não poderia faltar ao serviço, pois cada falta injustificada resultaria em redução de 20% do valor da PLR, que seria, então, proporcional ao número de faltas do empregado ao trabalho, podendo chegar a zero em caso de cinco faltas injustificadas.
     O Sindicato patronal apresentou também proposta de redução do adicional de hora extra da classe, baixando-o de 70% para 50%.
    Como se isso já não bastasse, o MINASPETRO quer acabar com a garantia prevista na última Convenção de descanso semanal remunerado em pelo menos dois domingos por mês, passando tal garantia para apenas um domingo por mês. E quer acabar também com a gratificação de férias (prevista na última Convenção) para os trabalhadores demitidos (mesmo sem justa causa) ou que pedem demissão do emprego.
     Nós, frentistas, rejeitamos e até repudiamos essa proposta patronal porque ela está muito abaixo das necessidades dos trabalhadores,sendo não só uma proposta realmente muito baixa e incapaz de atender às necessidades básicas dos frentistas como também chega a ser até indecente e absurda.
     Durante a reunião, pedimos que o MINASPETRO melhorasse a sua proposta, mas os representantes da classe patronal não atenderam ao nosso clamor, apenas ficaram de estudar este pedido. Assim, foi agendado novo encontro para o dia 6 de fevereiro de 2018.
     Nós, frentistas, queríamos que a nova rodada de negociação fosse agendada para os próximos dias, mas o MINASPETRO disse que só podia se reunir novamente com as entidades sindicais dos trabalhadores em fevereiro de 2018. Assim, ao agendar novo encontro somente lá para o dia 6 de fevereiro de 2018, jogando, assim, a continuação da negociação coletiva para dois meses depois da 4ª reunião, o Sindicato patronal deixou bem claro que “não está nem aí” para o andamento do processo de negociação salarial. Portanto, “empurrando com a barriga” o processo negocial, o MINASPETRO é o único causador do atraso das negociações.
     Vale ressaltar que esse arrocho extremo e exagerado que o Sindicato patronal quer jogar nas costas dos trabalhadores é fruto amargo dessa maldita “reforma trabalhista” aprovada pela maioria dos deputados e senadores e sancionada pelo impiedoso presidente Michel Temer, pois a classe patronal sempre tentou arrochar os trabalhadores, mas nunca como desta vez.
      Assim, neste ano,conseguir do Sindicato patronal um reajuste salarial justo e digno para os frentistas de Minas Gerais está muito mais difícil do que nos anos anteriores.
Os integrantes da Comissão patronal só sabem reclamar da situação econômica do País! Ora, se está difícil para eles, que são empresários ricos e foram favorecidos pela nova lei, é lógico que está muito mais difícil para os trabalhadores, que foram prejudicados pela nova lei!!! Então, senhores patrões, ponham as mãos na consciência e parem de arrochar os salários dos frentistas!!!
ATENÇÃO, COMPANHEIROS FRENTISTAS: EM CASO DE DISPENSA DO EMPREGO OU PEDIDO DE DEMISSÃO, PROCUREM O SEU SINDICATO ANTES DO ACERTO NA EMPRESA.
TRABALHADORES UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS!
Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG 

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