quinta-feira, 29 de março de 2018

REPRESENTANTES DOS FRENTISTAS REJEITAM PROPOSTA PATRONAL

Representantes dos frentistas rejeitam proposta patronal
O presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini (à esquerda), ao lado do advogado João Batista de Medeiros, integrante do Departamento Jurídico da entidade, falando durante a 9ª reunião com a comissão negociadora do MINASPETRO (à direita), no Sindicato patronal, em BH, no dia 27 de fevereiro.
      Para o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, a proposta patronal “é inaceitável e até indecente, porque representa mais arrocho salarial, estando muito abaixo das nossas expectativas e não atendendo às mínimas necessidades dos trabalhadores, além de significar o fim de vários direitos dos frentistas conquistados com muito trabalho ao longo da história da nossa exaustiva luta sindical, razão pela qual tal proposta indecente e absurda foi veementemente rejeitada e repudiada por todos nós que representamos os frentistas deste Estado”.
     Segundo o sindicalista, “enquanto o Sindicato patronal insistir nessa proposta miserável e mesquinha, que não tem nenhum cabimento e mostra claramente a vontade da entidade patronal de remunerar de maneira péssima o exaustivo trabalho dos empregados dos postos de combustíveis, não há possibilidade de acordo”.
     Assim, decorridos quase cinco meses da data-base da categoria (1º de novembro), os frentistas de Minas continuam em plena campanha salarial e agora já falam até em greve. É que, na última reunião, no dia 13 de março, o MINASPETRO se recusou terminantemente a avançar na sua proposta, dizendo que se trata de “proposta final e definitiva”, e isso deixou configurado o impasse, que está indicando a deflagração de uma greve nos postos de combustíveis de Minas Gerais.
     Todos os Sindicatos que representam os frentistas neste Estado, e também a Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo - FENEPOSPETRO (que representa os frentistas onde não há base territorial de Sindicato da categoria), os quais estão atuando em conjunto, com pauta unificada, estão se movimentando de várias maneiras com vistas à mobilização da categoria, inclusive formaram um movimento chamado de “Frente Mineira dos Frentistas” e estão distribuindo nos postos de combustíveis boletins que repudiam o posicionamento do MINASPETRO no processo de negociação e conclamam os trabalhadores à deflagração de uma greve por tempo indeterminado nos postos de combustíveis de Minas Gerais. “Sabemos que é muito difícil a deflagração de uma greve da categoria, mas a nossa campanha salarial continua muito difícil, e do jeito que as coisas estão indo, com a insensibilidade e o endurecimento do Sindicato patronal, recusando-se a conceder aos trabalhadores um aumento salarial que seja pelo menos razoável, e até querendo acabar com direitos já conquistados e dos quais não podemos abrir mão de maneira alguma, é bem provável que a categoria resolva paralisar suas atividades até que os patrões reconheçam que nós, frentistas, merecemos um salário digno e não podemos sofrer mais achatamento salarial, assim como não podemos nem pensar em perder direitos já conquistados ao longo da nossa luta” – ressalta Guizellini.
FONTE : JORNAL O COMBATE