quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Frentistas continuam sem reajuste salarial após 4 reuniões com Sindicato patronal
O presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini (à esquerda), falando durante a 3ª reunião com a Comissão Negociadora do MINASPETRO (à direita), na sede do Sindicato patronal, em BH, no dia 5 de dezembro.
     Iniciada no dia 6 de setembro, quando foi realizada a assembleia geral da categoria que aprovou a pauta de reivindicações dos trabalhadores a ser negociada com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (MINASPETRO), a campanha salarial dos empregados dos postos de combustíveis, lojas de conveniência, lava-rápidos, estacionamentos e garagens de Juiz de Fora e Região, assim como do restante do Estado de Minas Gerais,  continua sem definição.
     O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG e as outras entidades sindicais que representam os demais empregados dos postos de gasolina deste Estado tiveram mais duas reuniões com o MINASPETRO nos dias 5 e 6 de dezembro para negociação da pauta que foi entregue ao Sindicato patronal no dia 12 de setembro. A data-base da categoria (ou seja, a ocasião de reajuste salarial e concessão de outros benefícios aos trabalhadores) é 1º de novembro.
     Marcada para começar às 14h, a reunião do dia 5 (a terceira da negociação coletiva deste ano) durou três horas, tendo início às 14h30 e terminando às 17h30, e foi realizada na sede da entidade patronal, em Belo Horizonte.
     Nessa rodada de negociação, o MINASPETRO não apresentou nenhuma proposta para os trabalhadores, mantendo a sua proposta apresentada na reunião anterior, realizada no dia 29 de novembro, quando ofereceu reajuste salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses (1,83%) dividido em duas parcelas de 0,915%, uma em novembro e a outra em março de 2018. Como o atual valor do “salário básico mensal” (garantia mínima) dos frentistas de Minas Gerais é de R$ 1.043,24, este valor passaria, em 1º de novembro de 2017, para R$ 1.052,78, representando um reajuste salarial de R$ 9,54.  Em 1º de março de 2018 haveria novo reajuste de R$ 9,54.
    Ainda de acordo com a proposta do Sindicato patronal apresentada na reunião do dia 29 de novembro, a cesta básica de alimentos ou vale-alimentação passaria de R$ 120,00 para R$ 122,20, recebendo o mesmo índice de reajuste de 1,83% dividido em duas parcelas de 0,915%. E a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) das empresas seria paga aos trabalhadores em duas parcelas de R$ 50,00 (cinquenta reais) a partir de fevereiro de 2018, mas para ter direito a esse valor integral, o empregado não poderia faltar ao serviço, pois cada falta injustificada resultaria em redução de 20% do valor da PLR, que seria, então, proporcional ao número de faltas do empregado ao trabalho, podendo chegar a zero em caso de cinco faltas injustificadas.
     O Sindicato patronal apresentou também proposta de redução do adicional de hora extra da classe, baixando-o de 70% (percentual previsto na última Convenção Coletiva de Trabalho da categoria) para 50%, mesmo percentual previsto na Constituição Federal como percentual mínimo. Além disso, o MINASPETRO quer acabar com a garantia prevista na última Convenção de descanso semanal remunerado em pelo menos dois domingos por mês, passando tal garantia para apenas um domingo por mês.
     O Sindicato patronal quer acabar também com a gratificação de férias (prevista na última Convenção) para os trabalhadores demitidos (mesmo sem justa causa) ou que pedem demissão do emprego.
FONTE: JORNAL O COMBATE