quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Antecipação salarial e reajuste da cesta básica
     A data-base (ocasião de reajuste salarial e renovação da Convenção) da classe é 1º de novembro, mas o SINTRAPOSTO pediu a realização de tal encontro a fim de solicitar ao Sindicato patronal a concessão de benefícios para os frentistas, principalmente a antecipação de reajuste salarial para a recomposição dos salários corroídos pela inflação.
     Na pauta, as entidades pediram que todos os salários dos empregados dos postos de combustíveis, lava-rápido, estacionamentos e lojas de conveniências deste Estado fossem reajustados em 3% a partir de 1º de agosto de 2017, a título de antecipação salarial. “Se o Sindicato patronal tivesse atendido ao pedido, este índice seria aplicado sobre os valores dos salários da categoria referentes ao mês de março de 2017, como forma de se repor as perdas salariais decorrentes da inflação, recuperando-se, assim, o poder aquisitivo dos salários da categoria corroídos pela inflação” – explicou Guizellini.
     As entidades pediram também que o valor da cesta básica de alimentos, prevista na Convenção, fosse reajustado também em 1º de agosto de 2017, a título de antecipação de valores para reposição de perdas causadas pela inflação, mediante a aplicação do percentual de 30% sobre os valores da cesta básica de alimentos da categoria referentes ao mês de novembro de 2016, como forma de se repor as perdas decorrentes da inflação, recuperando-se, assim, o poder aquisitivo do valor da cesta básica da categoria corroído pela inflação.
     Também consta da pauta o pedido de fornecimento de vale-refeição para os trabalhadores, a partir de 1º de agosto de 2017, no valor facial de R$ 20,00, em quantidade igual ao número de dias do mês.
     Foi abordada também nesse encontro quadrimestral a questão da necessidade de adoção urgente de medidas preventivas de segurança contra assaltos a postos de gasolina, porque o número de roubos a esses estabelecimentos vem aumentando cada vez mais em Minas Gerais. Em Juiz de Fora, por exemplo, tem sido terrível e assustadora a onda de ocorrências desse tipo, conforme “O Combate” vem noticiando já há muito tempo.
     As entidades trabalhistas pediram que as empresas do setor fossem obrigadas a adotar imediatamente diversas medidas de segurança para inibir a ocorrência de assaltos a postos de combustíveis.
     A íntegra da pauta de reivindicações dos frentistas, contendo, inclusive, tais medidas de segurança (uma delas proibindo os postos de combustíveis de funcionarem entre 22:30 e 06:00 horas), está no site deste jornal (www.ocombate.com.brou no blog do Sindicato (sintrapostomg.blogspot.com).
A resposta do Sindicato patronal para os trabalhadores
     Durante a reunião, o advogado do Sindicato patronal garantiu que a resposta do MINASPETRO à pauta de reivindicações dos frentistas seria dada até o dia 16 de agosto de 2017. De fato, no último dia 10, o Sindicato patronal enviou e-mail ao SINTRAPOSTO-MG dizendo que “teremos que aguardar as negociações para ajuste da próxima CCT de classe, para qualquer modificação de cláusulas, esperando desde já nos seja enviada a pauta de reivindicação com a maior brevidade possível”. Isso significa que o Sindicato patronal rejeitou a concessão de qualquer benefício aos frentistas em agosto, devendo a categoria aguardar a chegada da próxima data-base (1º de novembro), quando será iniciada a negociação coletiva.
“SINTRAPOSTO cumpriu o seu dever de lutar por reposição de perdas, mas a classe patronal continua insensível” – diz Guizellini
     “É claro que nós, frentistas, esperávamos que a resposta do MINASPETRO aos nossos pedidos fosse positiva, concedendo principalmente antecipação de reajuste nos salários e no valor da cesta básica de alimentos, para reposição das perdas provocadas pela inflação, mas como o Sindicato patronal decidiu não atender aos justos clamores da categoria, só nos resta agora a luta durante a nossa campanha salarial que já vai começar nos próximos dias”. A declaração é do presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, em entrevista ao jornal “O Combate”, quando salientou que o SINTRAPOSTO resolveu pedir ao Sindicato patronal a concessão de antecipação de reajuste salarial para os empregados dos postos de combustíveis por causa das perdas salariais decorrentes da inflação.
     Ele afirma que no caso dos frentistas a perda salarial decorrente da inflação foi considerável. Por esta razão, Guizellini vê necessidade de se fazer uma reposição salarial para recompor os salários corroídos pela inflação. “Aliás, a mesma coisa acontece com o valor da cesta básica de alimentos, que também precisa de reajuste para recompor o seu poder aquisitivo. Mas a classe patronal continua insensível diante das necessidades e dos clamores dos trabalhadores"- ressalta o sindicalista.
     Segundo ele, "sempre que ocorre perda salarial, há um clamor dos trabalhadores no sentido de que seus salários sejam reajustados para reposição das perdas”. Por isso, o SINTRAPOSTO cumpriu o seu dever de lutar nesse sentido ao encaminhar os pedidos dos trabalhadores ao Sindicato patronal. “A entidade trabalhista fez a sua parte, cumpriu a sua obrigação, mas infelizmente o Sindicato patronal mais uma vez não se sensibilizou para as necessidades dos trabalhadores" - arremata o sindicalista.


FONTE: JORNAL O COMBATE